domingo, 4 de marzo de 2012

8 de março



17.00 horas concentração no Largo Glenio Peres – grupos e feministas de Porto Alegre
18.00 horas caminhada

19.00 horas, sarau feminista no Comitê Latino Americano.

Na quinta-feira, 8 de março, a gente vai fazer arte, refletir e declamar poesias escritas por mulheres latino-americanas.

As 19 horas, no Comitê Latino Americano a Christiane Campos vai conversar conosco sobre o livro que estará lançando: A face feminina da pobreza em meio a riqueza do agronegócio. veja aqui

Simultaneamente acontecerá a exposição de fotografias de marian pessah:

Descontruindo o feminicídio. veja as fotos

A partir das 20 hs estaremos lendo poesias nossas e de outras mulheres, intermediadas por uma seleção musical feminista.

Local: Comitê Latino Americano – rua Vieira de Castro – 133

Início: 19 horas.

leia agora nosso manifesto. Primeiro em língua brasileira

No 8 de março não nos mandem flores…

NÓS, mulheres feministas, lésbikas, negras, indígenas, camponesas, urbanas, migrantes, não queremos ser homenageadas no dia 8 de março. O ano tem 365 dias, todos eles patriarcais e opressivos.

NÓS não queremos igualdade.

IGUALDADE COM O QUE? Com os homens burgueses condenados à arrogância, à eficiência máxima e à concorrência cotidiana? Com os homens trabalhadores, condenados à reprodução de um sistema que lhes explora cotidianamente?

IGUALDADE dentro do sistema patriarcal capitalista é se submeter à miséria econômica e à mediocridade existencial.

NÓS QUEREMOS OUTRA COISA. Queremos uma transformação radical da sociedade. Queremos destruir o estado capitalista, queremos o fim da propriedade privada dos corpos e das mentes. Queremos o fim do trabalho alienado. Queremos o fim do sexo sem prazer dentro das cadeias da heteromonogamia obrigatória. Temos consciência de que a socialização dos meios de produção não determina o fim da opressão das mulheres. A ideologia do patriarcado sobrevive às mudanças econômicas e retorna sobre nós ainda mais virulenta!

NÓS NÃO QUEREMOS SER INCLUÍDAS. Inclusão em que?

Neste sistema que nos designou a função de servir aos homens, que nos restringiu à função de procriadoras e amamentadoras da infância, de cuidadoras das crianças e de reprodutoras da ideologia vigente?

Mas hoje não é diferente?? Não! Rejeitamos veementemente a inclusão através da ocupação de cargos político-partidários ou como empresárias de sucesso. A maior parte das mulheres que ocupam lugares de destaque dentro dos parâmetros convencionais não fazem nada diferente dos homens justamente porque se incluem em um estrutura pré-existente. Elas não representam a nossa luta libertária!

Nós somos as que ao longo dos séculos de opressão, nos rebelamos contra esse estado de coisas. Somos as lutadoras que foram invisibilizadas pela história escrita pelos opressores. Somos as que foram e são jogadas nas fogueiras de tantas inquisições. Somos as vítimas de estupros corretivos, as assassinadas pelo fato único de sermos mulheres que desejam fugir do seu lugar designado.

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Por tudo isso é que lutamos com todas as nossas forças contra o fundamentalismo religioso que, a partir de uma visão fanática e metafísica de sociedade, obriga as mulheres pobres a abortar clandestinamente com todas as consequências muito bem conhecidas pela sociedade brasileira. Não queremos um país dominado pela bancada religiosa, nem pela bancada ruralista, queremos um país sem bancadas, queremos um mundo sem fronteiras.

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NESTE 8 DE MARÇO chamamos à luta! A luta de todas as almas e corpos antipatriarcais. Uma luta cotidiana e autônoma que transite continuamente do pessoal ao político, entre a destruição e a invenção. Para o surgimento de uma sociedade sem estado, sem deus, sem patrão, sem marido nem partido!

Mulheres Rebeldes

Mulheres Livres

Bruxas Arteiras

Corpos em revolta

Feira de Mangaio

En el 08 de Marzo no nos manden flores…

NOSOTRAS, mujeres, lesbikas, negras, indígenas, campesinas, urbanas y migrantes, no queremos ser homenajeadas el 8 de Marzo. El año tiene 365 días, todos ellos son medios y fines patriarcales y opresivos.

NOSOTRAS no queremos igualdad.

¿IGUALDAD CON QUÉ? ¿Con los hombres neoliberales condenados a la arrogancia, a la eficiencia máxima y a la competencia cotidiana? ¿Con los hombres trabajadores, condenados a la reproducción de un sistema que los explota cotidianamente?

IGUALDAD dentro del sistema patriarcal capitalista equivale someterse a la miseria económica y a la mediocridad existencial.

NOSOTRAS QUEREMOS OTRA COSA. Queremos una transformación radikal de la sociedad. Queremos destruir el estado capitalista, queremos el fin de la propiedad privada de cuerpos y mentes. Queremos el fin del trabajo alienado. Luchamos contra el sexo sin plazer dentro de las cadenas de la heteromonogamía obligatoria. Tenemos conciencia de que la socialización de los medios de producción no determina el fin de los objetivos de opresión contra las mujeres. La ideologia del patriarcado sobrevive a las mudanzas económicas y retorna nuevamente con los mismos objetivos de control sobre mujeres, ¡de forma mucho más virulenta!

NOSOTRAS NO QUEREMOS SER INCLUÍDAS. ¿Inclusión en qué?

Nos resistimos a cumplir la función de servir a hombres, como procreadoras y amamantadoras de la infancia y de reproducir la ideologia vigente. Aquellas que osan resistir y rebelarse contra esa situación son invisibilizadas por la historia escrita por los que se empeñan en subyugar. Somos las que fuimos y aun somos quemadas en las hogueras de tantas inquisiciones. Somos las víctimas de violaciones correctivas, las asesinadas por el hecho único de ser mujeres que desean salirse de su lugar asignado.

No queremos un país dominado por el fundamentalismo religioso que, a partir de una visión fanática y metafísica de lo social, obliga a mujeres pobres a abortar clandestinamente con todas las consecuencias aceptadas cuando sabidas por la sociedad brasileña.

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¡EN ESTE 8 DE MARZO llamamos a la lucha! A la lucha por todas las almas y cuerpos anti-patriarcales, que sea cotidiana y autónoma que transite continuamente entre lo personal y lo político, entre la desconstrucción y la invención. ¡Para el surgimiento de una sociedad sin estado, sin dios, sin patrón, sin marido ni partido!

Mujeres Rebeldes

Mulheres Livres

Bruxas Arteiras

Corpos em revolta

Feira de Mangaio