miércoles, 28 de septiembre de 2011

Polícia impede entrada de alimentos e água na ocupação do MST e faz disparo com arma de fogo

oKupação jáa, as terras improdutivas são para quem as trabalha!

a terra não se vende, a terra se defende!!!


milicos de merda, em todas as línguas!



Polícia impede entrada de alimentos e água na ocupação do MST e faz disparo com arma de fogo





Na manhã desta terça-feira (27), a Brigada Militar impediu a entrada de alimentos e água no acampamento do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) em Viamão.

Durante a manhã, assentados e apoiadores do Movimento tentaram levar galões de água e comida para os acampados. Neste momento, a Brigada Militar impediu a passagem dos automóveis que levavam os alimentos. Os trabalhadores e trabalhadoras decidiram então, buscar a comida nos automóveis que estavam estacionados na rodovia RS 040 quando a Brigada Militar fez um disparo de arma de fogo.

Os acampados compreendem que essa ação é uma forma de intimidar a organização dos trabalhadores e das famílias acampadas do MST.

Até o momento o governo do estado não apresentou nenhuma solução definitiva para o assentamento imediato das mil famílias acampadas. Os trabalhadores permanecerão acampados na área por tempo indeterminado, mesmo com a repressão da Brigada Militar.

martes, 27 de septiembre de 2011


MST efetua 3 ocupações novas
clarisse castilhos - Mulheres Rebeldes

Na segunda-feira, 26 de setembro, o MST ocupou 3 latifúndios no Rio Grande do Sul - Viamão, Sananduva e Vacaria. Nós, mulheres rebeldes, manifestamos nosso apoio irrestrito a essas ocupações, única forma legítima para fazer avançar a Reforma Agrária no Brasil e garantir o assentamento de 1000 famílias no Estado.
Nosso apoio tem por base uma realidade econômica e social que requer uma ação imediata e sobre isso queremos tecer nossos comentários.


OKUPAR E RESISTIR – TODO O NOSSO APOIO À LUTA DO MST!
Os atuais limites do capital induziram a uma dinâmica de acumulação ainda mais predatória do que em outras etapas do capitalismo. Na busca de novos espaços para expansão dos investimentos, os capitais ditos produtivos se orientam para a aquisição de reservas aqüíferas, minerais e combustíveis. Dessa forma, um dos aspectos relevantes do capitalismo do século XXI é que o próprio capital produtivo assume, cada vez mais, um caráter puramente especulativo. De outra parte, empreende-se uma destruição material, ambiental e humana sem precedentes, fruto das invasões imperialistas lideradas pelos EUA, das guerras internas incentivadas pelas grandes potências e por outros desdobramentos típicos da barbárie. A destruição ambiental em si mesma, as grandes catástrofes e as guerras ampliam as possibilidades de investimento para as grandes empreiteiras, para os serviços de turismo, e obviamente para as indústrias criadas para esses fins (medicamentos, serviços de socorro, etc).
Emerge daí uma nova Divisão Internacional do Trabalho em que a América do Sul e Central participam como produtores especializados em commodities minerais e agroindustriais, apresentando características do antigo modelo agroexportador. Uma repetição que se realiza em forma de tragédia uma vez que a destruição ambiental daí decorrente age sobre uma natureza já degradada.
No Brasil a disponibilidade de terras, águas e minerais, tornou-se um dos principais atrativos para novos investimentos externos que se orientam fundamentalmente para o agronegócio e para a extração mineral, seja através da aquisição e/ou invasão de terras (grilagem), seja através da associação com o latifúndio já estabelecido.
O Brasil vem afirmando há pelo menos três décadas uma nova inserção internacional, baseada na exportação de commodities, particularmente produtos da extração mineral, agronegócios e insumos de origem mineral.  Essa tendência confirma a afirmação de que a chamada especialização regressiva é totalmente submetida ao movimento internacional e não o resultado de políticas econômicas exitosas, como os governos vem afirmando....
Nesse domínio o quadro que se define é o de ocupação extensiva de terras, avançando sobre matas nativas e florestas, e no plantio de culturas voltadas para a exportação, e não mais para a produção de alimentos. Essa expansão é fruto das associações dos latifundiários com as multinacionais do agronegócio que não hesitam em invadir áreas de preservação ambiental, de propriedade do Estado ou destinadas originalmente à reforma agrária[1].  É também nesse contexto que se explica a tentativa de mudar a liberação da venda de terras para estrangeiros (não apenas no Brasil, mas em outros países da América do Sul).
Outro elemento importante dos investimentos brasileiros, e estrangeiros orientados ao Brasil, refere-se à compra de reservas de água[2], e da mudança no Código Florestal Brasileiro. Todos esses fatores confirmam a hipótese de submissão do governo brasileiro aos desígnios dos investimentos do exterior.

De fato, a invasão de todo o Brasil pelas monoculturas produzida pelo agronegócio representa uma sérissima e concreta ameaça para o projeto de reforma agrária liderado pelo MST.
Nos perguntamos: quais as repercussões dessa associação nefasta entre o grande capital internacional com o latifúndio, apoiados na omissão dos governos sobre os assentamentos do MST?
 Afirmamos que a decisão, não explicita, mas efetiva, do governo brasileiro em não distribuir mais terras para a Reforma Agrária, está associada e submetida à movimentação dos grandes grupos internacionais. Essa nova forma de crescimento, além de seus efeitos nefastos sobre o meio ambiente e sobre o tecido produtivo, ameaça de maneira crescente os assentamentos do MST com prováveis efeitos sobre a produção de alimentos e sobre a desorganização das milhares de famílias de assentadxs. Nessa medida, estamos convencidas de que o agronegócio é incompatível com o tipo de reforma agrária proposta pelo MST, centrada no desenvolvimento da agricultura orgânica, no trabalho coletivo, na preservação ambiental e na ocupação de terras de multinacionais e latifúndios improdutivos[3].
O chamado agronegócio, defendido pelo governo e pela mídia do Brasil, é difundido como um empreendimento moderno e progressista diferenciado do latifúndio. Este último caracterizado pelo trabalho irregular, escravo e semi-escravo e pela baixa produtividade. No entanto, como observa Cristhiane Campos (2009) e Ariovaldo Umbelino de Oliveira (2011), há uma associação perversa entre latifúndio nacional e agronegócio internacional em que a baixa produtividade e o trabalho escravo continuam ocorrendo e se intensificando.
O agronegócio na verdade é articulação de capitais, que direta e indiretamente são vinculados com o setor agropecuário. No Brasil, essa articulação capitalista se consolida na década de 1990, quando foram implementadas no país as políticas neoliberais. Apesar de reunir capitais nacionais e estrangeiros as “modernas” atividades do agronegócio se desenvolvem sobre uma antiga estrutura fundiária, o latifúndio (C. Campos, 2009).
Atualmente, a ação do governo brasileiro expressa seu apoio irrestrito aos Grandes Grupos Internacionais através de programas como o PAC que conta com recursos do BNDES. Esses programas, além de criarem a infraestrutura para a expansão do agronegócio e da extração mineral no Brasil, em particular no Nordeste e na Amazônia, promovem a destruição ambiental e a marginalização das populações ribeirinhas.
Uma pergunta se coloca: por que a Reforma Agrária não pode prosseguir como forma de compensar essa nova tendência e reduzir as tensões sociais?
Na nossa opinião por duas razões: 
- não há interesse do governo petista em promover a reforma agrária porque a radicalização do MST traz ameaças ao “capitalismo” brasileiro;
- o agronegócio precisa expandir sua atividade para dentro dos assentamentos existentes sem, no entanto, eliminar a pequena propriedade rural.
Efetivamente o governo não deseja a expansão da Reforma Agrária, pelo menos sob liderança do MST. Desde o primeiro governo Lula diminuíram as desapropriações e os assentamentos, aumentou a violência no campo e aumentou a concentração de terras (CPT- Comissão Pastoral da Terra). Mais recentemente, durante o governo Dilma foram implantadas uma série de medidas para diminuir a pobreza no campo (distribuição de sementes, aumento do crédito para pequena propriedade, bolsa família para os desempregados rurais, mas não se menciona mais a reforma agrária).
O censo Agropecuário do IBGE constatou que a concentração da terra aumentando no Brasil enquanto que o crédito destinado a assentamentos e à obtenção de terras para a Reforma Agrária vem decrescendo. Cerca de 1% dos proprietários concentram quase 50% das terras (C. Campos,2009).
Quanto ao segundo ponto é importante afirmar que o governo pretende acabar com o processo de reforma agrária, conduzido pelo MST, mas não com a pequena propriedade isolada. Isso porque a pequena propriedade traz inúmeras vantagens ao latifúndio. É através dela que os grandes proprietários tem acesso ao crédito agrícola diferenciado, à flexibilização do controle do desmatamento e à compra de terra por estrangeiros. Se dentro dos assentamentos do MST o arrendamento de terras é interditado aos assentados, as pequenas propriedades podem agir autonomamente e dentro do espírito do grande proprietário rural. Sabe-se de inúmeras irregularidades cometidas nesse contexto, os fazendeiros vendem suas terras aos empregados que em troca acessam ao crédito e plantam sem respeitar o Código florestal.
Para concluir é importante colocar que a Reforma Agrária proposta pelo MST implica uma nova forma de organização política e social incompatível com o capital. Isso porque supõe transformações que não se restringem à produção agrícola, mas também um compromisso com a agricultura voltada para produtos orgânicos e acessível a todxs, no campo e na cidade. Ou seja, uma agricultura não destrutiva da natureza fundamentada em relações de trabalho igualitárias e não-alienadas, lógica que por si seria incompatível com a ordem capitalista. Aceitar um caminho intermediário como o apregoado pelo governo brasileiro seria jogar por terra toda a construção de 27 anos do MST.

BENETTI, Maria (2011)- Compromisso com o futuro: o Brasil e o destino de seus  recursos naturais, Porto Alegre, Brasil, Carta de Conjuntura, Ano 20, no 7;
MST (2) - http://www.mst.org.br/jornal/313 (último acesso, 10.08.2011)
SOARES CAMPOS, Christiane Senhorinha Soares (2009)- A pobreza e exclusão feminina nos territórios do agronegócio, tese de doutorado, Universidade Federal do Rio Grande do Sul. Instituto de Geociências. Programa de Pós-Graduação em Geografia, UFRGS.               
UMBELINO DE OLIVEIRA, Ariovaldo (2011)- entrevista in http://mtsocioambiental.blogspot.com/2011/03/entrevista-com-ariovaldo-umbelino-de.html (último acesso, 10.08.2011).


[1] É o caso da ocupação da Cutrale em São Paulo. O MST luta desde 1995 pela retomada de terras compradas de grileiros pela empresa Cutrale, vinculada à Coca-Cola. Essas terras na realidade são de propriedade do Estado. Em 2009 o movimento realizou um protesto nessas área através de uma ocupação “ satanizada por todos os meios de comunicação”. Essa fazenda produz laranjas para exportação destinada a elaboração de sucos. Trata-se de produção em grande escala de commodities agrícolas numa área destinada pelo INCRA ao MST. Além do uso ilegal das terras, a Cutrale  utiliza “em larga escala, sem o devido controle, toda espécie de venenos, pesticidas e agrotóxicos, causando poluição das águas, rios, e especialmente poluindo o lençol freático que abastece o Aqüífero Guarani.”  (MST:  http://www.mst.org.br/Campanha-pela-retomada-das-terras-da-Cutrale )

[2] Conforme Benetti (2011), a chamada exportação de água é outro fenômeno que deveria ser levado em consideração e que não aparece, em sua verdadeira dimensão, nas estatísticas. Trata-se da produção de commodities que consomem, para sua extração, um volume de água considerável o que intensifica o investimento no Brasil, e na América do Sul em geral, de atividades que possuem um elevado consumo desse líquido para sua elaboração. É uma forma de poupar água em alguns países e utilizar, até o esgotamento, a dos países ricos em reservas hídricas, como é o caso do Brasil e dos países andinos.

[3] A esse respeito ver resoluções do V Congresso do MST ocorrido em 2007.

lunes, 26 de septiembre de 2011

oKupção jáaaa




MST faz ocupações em Viamão, Vacaria e Sananduva

O Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) realiza, neste momento, três ocupações no Rio Grande do Sul. As famílias Sem Terra ocupam as áreas para pressionar os governos federal e estadual para cumprir o acordo firmado em abril deste ano de assentar todos os trabalhadores e trabalhadoras acampadas hoje no estado.

Na região de Porto Alegre, mais de 300 trabalhadores ocupam uma área na RS 040, próximo ao posto do pedágio de Viamão. O local foi motivo de investigação da Polícia Federal que neste ano encontrou mais de 2 toneladas de maconha na área.

Em Vacaria, mais de 500 pequenos agricultores ocupam uma área de 400 hectares de terra próximo a BR 285, à 1km da entrada da cidade. A área, que é pública, foi destinada pelo governo para pesquisa e experimentos de plantas, mas não está sendo utilizada para esse fim.

Já em Sananduva, mais de 200 trabalhadores rurais Sem Terra ocupam uma área com mais de 300 hectares que poderia ser destinada para o assentamento das famílias acampadas hoje no estado.

O MST está mobilizado nas regiões para pressionar os governos federal e estadual para realizar o assentamento imediato das mil famílias acampadas hoje no estado. Em abril, o governo do estado, depois de um acordo com o governo federal, se comprometeu a assentar as famílias que se encontram acampadas embaixo da lona preta em todo o estado. Desde a assinatura do “Termo de Compromisso” com os camponeses, nenhuma família foi assentada.

Os trabalhadores e trabalhadoras rurais Sem Terra devem permanecer nas áreas por tempo indeterminado, pois compreendem que somente com a ocupação e resistência vão fazer com que o poder público realize a Reforma Agrária no país. As famílias só devem deixar os locais ocupados se os governos apresentarem soluções definitivas para o assentamento.

jueves, 22 de septiembre de 2011

El patriarcado al desnudo


Amigas e companheiras Rebeldes!

Nesta quinta-feira retomamos nossas atividades.

Como a gente tinha contado estamos organizando o EFALAC - Encontro Feminista Autônomo de América Latina e o Caribe que será aqui mesmo, em Porto Alegre, de 28 de abril a 01 de maio de 2012. Como temos muitas tarefas pela frente vamos alternar nossos encontros em organizativos e reflexivos!

Então, nesta quinta, dia 22 de setembro, 19 horas, no nosso Comitê Latino-Americano, (Rua Vieira de Castro, 133) vamos refletir a partir do I capitulo do livro El Patriarcado al Desnudo, publicado por brecha lésbica. Vamos estudar a introdução (pags. 01 a 19) e primeiro capítulo Práctica de poder e idea de naturaleza, de Colette Guillaumin (pags. 20 a 61).

O livro todo, ou apenas o capítulo, pode ser baixado e impresso a partir de nossa página http://mulheresrebeldes.org/

Se você quiser entrar direto no livro o link é só um click

Mas você pode também aproveitar e degustar nossa página eternamente incompleta, porem com algumas modificações e atualizações.

Beijos plenos de rebeldia

http://www.mulheresrebeldes.org/

http://www.flickr.com/photos/mulheresrebeldes/

http://mulheresrebeldes.blogspot.com/

viernes, 2 de septiembre de 2011

Encuentro Feminista Autónomo de América Latina y el Caribe


Hola amigas y compañeras, queremos contarles que el EFA- Encuentro Feminista Autónomo de América Latina y el Caribe ya comenzó. Desde el momento que lo estamos organizando y pensando, ya lo estamos habitando, ¡¡estamos felices!!

El Encuentro tendrá lugar en Porto Alegre, sur de Brasil, comenzando el sábado 28 de abril, terminando el martes 1ºde Mayo con una marcha por las calles de Porto Alegre.

Estamos convocando a una reunión en Buenos Aires para contarles algunas cosas que ya venimos pensando y construir, debatir pensar colectivamente este maravilloso ENCUENTRO.

Será el miércoles 14 de septiembre, lugar y hora a confirmar, puedes escribirnos a mulheres_rebeldes@hotmail.com

Para quien quiera ver la contrucción del EFA anterior, que tuvo lugar en México – DF en 2009, puede ver

http://feministasautonomasenlucha.blogspot.com/

fotos: http://www.flickr.com/photos/83523012@N00/

pedimos ayuda para divulgar, así nos encontraremos en la construcción de nuestros sueños

abrazos alegres desde el puerto

México, 2 nuevos feminicidios

Ciudad de México, 2 de septiembre de 2011

por Francesca Gargallo

Mujeres tenían que ser: mojadas por la lluvia, desnudas, con un cordón amarillo alrededor del cuello, asesinadas. Dos periodistas mujeres, voces públicas, molestas al sistema. Marcela Yarce, fundadora de la revista Contralínea, y Rocío González Trápaga, reportera independiente.
Salieron por la noche de las oficinas de Contralínea, quedaron de verse en Metro Balderas, las periodistas no tienen horarios, pero a veces logran verse con una amiga, ir juntas a una reunión. Las periodistas trabajan a cualquier hora, pero el 31 de agosto eran las 21.30 cuando Marcela Yarce salió de Contralínea para encontrarse con su amiga. Nunca llegaron a descansar, a divertirse, a ver a sus familias, a saludar a sus amigos, a besar a la persona amada, a preparar la cena, a tomarse una cerveza. Fueron secuestradas. Las cámaras de videovigilancia del centro de la Ciudad de México no registraron ni dónde ni cuándo.
Fueron torturadas de miedo; aparentemente no había marcadas de golpe en sus cuerpos. Fueron desnudadas, ahogadas, aterradas, asesinadas. Feminicidio por supuesto. Un delito que en la Ciudad de México se castiga con 60 años de cárcel. Cuando encuentran al, a los hombres que lo cometieron, es decir cuando lo investigan. Feminicidio, un delito que a la Procuraduría General de Justicia del Distrito Federal le viene rápido a la boca, después de que por años las feministas exigieron que se tipificara el asesinato de mujeres por ser mujeres, un delito común e impune. Feminicidio de dos periodistas: asesinato de voces críticas de mujeres, asesinato de la crítica pública llevada a cabo por dos mujeres.
Como todo feminicidio es un mensaje público: cuidado, mujeres, cuidado, periodistas, que no están seguras, nadie está ya seguro. Esos dos cuerpos abandonados en un jardín del barrio bravo icónico de la ciudad grande son un atroz mensaje de muerte para todas y todos: silencio, no digan nada, no reclamen, no denuncien, no hay lugares seguros.
Contralínea acababa de publicar que en los últimos 5 años la desaparición de mujeres en México se ha incrementado en un 900%, 1000 mujeres y niñas han desaparecido, en efecto, pero hay un solo consignado. Ha publicado investigaciones de fondo sobre la pésima escuela mexicana y la exclusión de hecho de que son víctimas las y los estudiantes que intentan superar el examen de ingreso a las universidades públicas, sobre feminicidio y corrupción, sobre racismo, narcotráfico y casinos y persecución a los sindicatos independientes y…. Hace poco más de un año, las oficinas de Contralínea, en el centro histórico de la Ciudad de México, fueron saqueadas por desconocidos que se llevaron computadoras, memorias y material contable.
Pero debían ser mujeres las asesinadas, las despojadas de vida, las mostradas muertas en un jardín de Iztapalapa. Mujeres, porque sus cuerpos aúllan impunidad, la prueba del castigo y el aviso: cállense, censúrense.
Las periodistas, reporteras, analistas sufren agresiones, amenazas, intimidaciones, intentos de corrupción y muerte como sus compañeros hombres. México es el país más violento y peligroso de Occidente contra los periodistas, rebasando los 8 asesinatos al año (74 desde el año 2000). Pero la Ciudad de México, especie de oasis en un país hundido en una violencia sangrienta y sin explicaciones, no vivía un hecho parecido desde el asesinato de Manuel Buendía en 1984. Al hombre lo mataron a tiros frente a sus oficinas. Un periodista importante, una tarde de lluvia, el tráfico detenido en la Avenida Insurgentes. Luego, los intentos de hacer creer que fue un delito pasional. A las dos mujeres las desaparecieron, las desnudaron, expusieron sus cadáveres: feminicidio sí, tiene todas sus características, pero feminicidio de dos periodistas, dos mujeres con nombre y apellido, con un rostro público.