lunes, 31 de mayo de 2010

capitalismo e sexualidades

foto Yaskara Guelpa

Capitalismo, sexualidades e atitudes políticas. O que isso tem a ver conosco?[1]

x marian pessah[2]

primeiro em língua brasileira

Tem sentido falar em capitalismo sem antes falarmos em patriarcado? Tem sentido falar em patriarcado sem resignificá-lo em seus vínculos com o capitalismo? De maneira simplificada, o patriarcado é uma ideologia/ um sistema/ uma prática de dominação e controle dos homens sobre as mulheres. A primeira idéia que quero expressar é que o patriarcado foi sendo gerado muito antes do capitalismo e se mantém até nossos dias; até quando a humanidade chega ao sistema capitalista, que se adapta ao patriarcado como luva em plena estação de inverno.

Como menciona Frederic Engels na sua grande obra: A origem da família, da propriedade privada e do Estado, referindo-se às formas pré-capitalistas de organização da produção mais primitivas:

“(...) com o aparecimento dos rebanhos e das demais riquezas novas, se produziu uma revolução na família. A indústria[3] sempre foi assunto do homem; os meios para sua produção eram manufaturados por ele e eram da sua propriedade. Os rebanhos constituíam a nova indústria; no início sua domesticação e depois a sua manutenção, eram obra do homem. Por isso o gado pertencia a ele assim como as mercadorias e os escravos que eram adquiridos por intermédio de sua troca. Todo o excedente que agora era obtido com a produção pertencia ao homem; a mulher participava do seu consumo, mas não tinha nenhuma participação em sua propriedade. (...) A divisão do trabalho na família foi a base para a distribuição da propriedade entre o homem e a mulher.”

A partir desse ponto de partida colocado por Engels e considerando que um sistema econômico se define pela maneira como as pessoas se relacionam para produzir, bem poderíamos estar falando não somente em classes sociais, mas também, em classes sexuais. Mais ainda, se todo o excedente produzido fica em poder dos homens, xs herdeirxs vão precisar estar bem definidos, assim nasce a necessidade do casamento heterossexual, para que os homens controlem “suas” mulheres e assim garantam a paternidade de seus/suas filhos/as, para dar seu sobrenome. Do mesmo modo nasce a monogamia obrigatória, pois se as mulheres estiverem com vários homens, não seria possível definir a paternidade. Para isso se faz necessário criar um dispositivo de vigilância, a partir de agora a moral será uma incrível ferramenta que contará com uma fiel parceira : a igreja.

Estamos, portanto, pensando agora num patriarcado, capitalista, em que a prostituição que já existia das mais diversas formas, para garantir o prazer sexual dos patriarcas e a monogamia, assume um novo caráter. É junto ao capitalismo que os corpos das mulheres (e de alguns homens não vamos esquecer) começam a ser trocados por moeda, transformam-se em mercadoria, categoria específica do sistema capitalista. Também, este “novo” sistema, estaria sendo um grande caldo de cultivo da moral homo-lesbofóbica, pois existindo, é uma bela inimiga do sistema reprodutor, isto é do sexo focado na reprodução e na moral familiar.

Parece uma conseqüência lógica, uma equação matemática que as relações familiares, como microcosmos da organização econômica, tenham convergido para o formato do casal heterossexual e monogâmico, com um papel fundamental na manutenção da ideologia capitalista.

Dessa forma, do ponto de vista econômico, entende-se por capitalismo uma relação de domínio da burguesia sobre o proletariado. E entende-se por família hetero-monogâmica, uma relação entre o homem e a mulher, onde é ele quem trabalha fora de casa, e é ela quem faz as tarefas do lar, sem horário determinado. Atualmente, grande parte das mulheres também trabalham fora de casa, mas essa atividade, não as exime de suas tarefas domésticas, pelo contrário, duplica a jornada laboral.

Por isso, em 1843, quando Flora Tristan escreveu o seu importante livro a União operária, já dizia que as mulheres somos as proletárias do proletariado. Infelizmente, 167 anos depois, isso segue tão atual como na época. Interessante se perguntar pelos avanços acontecidos em todos esses anos, mas isso ficará para uma próxima vez, quem sabe uma linda avaliação sobre os feminismos e a sua incidência na sociedade. Também, fica em aberto a provocação e o chamado.

Retomando. O que é o casamento? Um contrato social e econômico – de compra e venda? - assinado perante o Estado e/o a Igreja. Quando uma mulher se casa, passa de propriedade do pai, para o marido. Ou não é assim que acontece nas Igrejas? Sejam essas católicas, judias ou muçulmanas.

As mulheres entram caminhando pelo tapete vermelho do braço do pai até os agora maridos que aguardam no altar. Para chegar até esse momento sublime elas/nós tem/temos engolido o conto romântico de amor para toda a vida, da pessoa escolhida, de não ficar sozinhas, nem solteironas. Do medo de não ser amadas. O capitalismo, hoje muito bem representado por mega empresários, não fica de lado e faz o seu aporte ligando grandes e caros vestidos e elegantérrimas festas com mais amor ainda. Chegando a uma bela equação, quanto mais luxo, mais amor. Os olhos deste sistema parecem com os do tio Patinhas, em lugar de íris tem o símbolo $.

Cabe nos perguntar qual a relação entre amor e Estado. Se não fosse por todas estas coisas da necessidade da herança, de controle e domínio, não haveria necessidade de casamento, de testemunhar amor ante ninguém. Quando se assina um contrato numa empresa, por exemplo, nos informam quantas horas serão acordadas de trabalho, quais os feriados, ou seja, somos avisadas sobre direitos e obrigações. No contrato matrimonial, nós mulheres devemos trabalhar os 365 dias do ano, limpar a casa, manter a ordem, ter crianças e cuidar delas, se responsabilizar por sua educação. E como se não bastasse isso, também nos é exigido um corpo maravilhoso além de fazer sexo todas as noites que o marido o desejar. Como é o nome se não faxineira sem salário, proletária do proletariado, ou eterna escrava?

Qual o sentido de manter tudo isso intacto hoje? Que o movimento LGBTT – agora formalmente com o L na frente – lute pelo casamento, que não é mais que reproduzir o sistema e aqueles sonhos de consumo feitos pelo sistema, qual a função do casamento entre pessoas que não tem bens? Habitar o sono feito para oprimir? Qual a atitude política do movimento que deveria ser de libertação, e não de continuação, para dar uma melhoradinha nas opressões de maneira que tudo mude para tudo ficar igual?

Felizmente, teve uma criatura muito inteligente, que em 1949, escreveu um livro de dois volumes, importantíssimo, que se chamou O segundo sexo. Sim, Simone de Beauvoir. Ai deixou impressa a sua grande e importante frase: “Ninguém nasce mulher, torna-se mulher”. Ela também foi uma importante referência com a sua vida, no plano intelectual, e na prática, pois junto com o seu companheiro, Jean Paul Sartre, com quem não só nunca se casou, nem sequer morou junto, enfrentou o desafio de construir novos e variados amores e núcleos afetivos.

Poucos anos depois, as FMF - Feministas Materialistas Francesas, da mesma turma que a Simone fazia parte dirão : “...o ponto central do pensamento, radica em que nem os homens, nem as mulheres são um grupo natural ou biológico, não possuem nenhuma essência especifica nem identidade a qual defender e não se definem pela cultura, a tradição, a ideologia, nem pelos hormônios, senão, simplesmente por uma relação social, material concreta e histórica. Esta relação é uma relação de classe ligada ao sistema de produção ao trabalho e a exploração de uma classe por outra”[4].

Uns anos mais tarde, Monique Wittig, também da turma das FMF, escreverá um texto: Ninguém nasce mulher e ficará muito conhecida a sua frase as lésbicas não somos mulheres.

“... o lesbianismo oferece de momento, a única forma social na qual podemos viver livremente. Lesbiano é o único conceito que conheço que está mais além das categorias de sexo (mulher e homem), pois o sujeito designado (lesbiano) não é uma mulher, nem economicamente, nem politicamente, nem ideologicamente”[5].

“Somos prófugas de nossa classe, da mesma maneira que os escravos americanos fugitivos o eram quando se escapavam da escravidão e se libertavam”.

“Temos que compreender que o conflito de classes não é eterno e que para ultrapassá-lo, é necessário destruir politicamente, filosoficamente, e simbolicamente as categorias de homes e de mulheres”.

Agora que temos algumas ferramentas de análise na mão, seria interessante nos colocarmos como lésbikas polítikas, não somente como mulheres homo-afetivas como algumas pessoas gostam de nos chamar. É necessário ver o potencial revolucionário que temos em nós, chegou a hora de tirarmos aquelas luvas, e tomar a realidade com as nossas próprias mãos. Dar um basta, vestir as nossas próprias roupas de lésbikas, seres dissidentes deste patriarcado capitalista. É importante tomar uma atitude política contraria ao casamento monogâmico e reprodutor das normas heterossexuais. Nós não aceitamos este sistema econômico e entendemos que não faz sentido o casamento que venha a referendar através dos nossos corpos esse sistema opressor.

Temos a faca e o queijo na mão para dizer não a essa monogamia obrigatória que tanto nos oprime e cuja função básica é a reprodução do sistema do capital e da propriedade privada, agora nos corpos, também das mulheres, por nós, mulheres.

Não há movimento possível sem a existência de utopia, objetivos e sonhos. Vamos lá, o céu esta aqui para voar, sonhar e experimentar a liberdade que nos da o fato de sermos anormais, lésbikas polítikas.

Referências bibliográficas

Beauvoir, Simone de. O segundo sexo, Ed. Gallimard, Paris, 1976.

Engels, Friederich El origen de la familia, la propiedad privada y el Estado. Editorial Progreso, Moscú.

Falquet, Jules e Curiel, Ochy (org)- El patriarcado desnudo, ed. Brecha Lesbica, 2005.

Tristán, Flora La Unión obrera, Ed. Fontanara.

Wittig, Monique. Ninguém nasce mulher in Em rebeldia – da bloga ao livro, Porto Alegre, 2009.

Agora em língua argentina

Capitalismo, sexualidades y actitudes políticas. ¿Qué tiene que ver con nosotras?[6]

x marian pessah[7]

¿Tiene sentido hablar de capitalismo sin mencionar antes al patriarcado? ¿Tiene sentido hablar del patriarcado sin resignificarlo en sus vínculos con el capitalismo? De manera simplificada, el patriarcado es una ideología/ un sistema/ una práctica de dominación y control de los hombres sobre las mujeres. La primera idea que quiero expresar, es que el patriarcado nació mucho antes que el capitalismo y se mantiene hasta nuestros días; hasta que la humanidad llega al sistema capitalista y entra en el patriarcado, como guante en plena estación invernal.

Como menciona Frederic Engels en su gran obra: El origen de la familia, la propiedad privada y el Estado, refiriéndose a las formas pre-capitalistas de organización de la producción más primitivas:

“...Y con la aparición de los rebaños y la demás riquezas nuevas, se produjo una revolución en la familia. La industria había sido siempre asunto del hombre; los medios necesarios para ella eran producidos por él y propiedad suya. Los rebaños constituían la nueva industria; su domesticación al principio y cuidado después, eran obra del hombre. Por eso el ganado le pertenecía, así como las mercancías y los esclavos que obtenía a cambio de él. Todo el excedente que dejaba ahora la producción pertenecía al hombre; la mujer participaba en su consumo, pero no tenía ninguna participación en su propiedad. (…) La división del trabajo en la familia había sido la base para distribuir la propiedad entre el hombre y la mujer.”

A partir de ese punto de partida planteado por Engels y considerando que un sistema económico se define por la manera como las personas se relacionan para producir, debemos hablar no solamente en clases sociales, sino también, en clases sexuales. Veamos cómo sigue, si todo el excedente producido queda en poder de los hombres, lxs herederxs van a precisar estar bien definidxs, así nace la necesidad del casamiento heterosexual, para que los hombres controlen a “sus” mujeres y poder garantizar la paternidad de sus hijos/as, para darles su apellido. Del mismo modo nace la monogamia obligatoria, porque si las mujeres están con varios hombres, no es posible identificar al pater-padre. Ahora se hace necesario crear un dispositivo de vigilancia, la moral será una increíble herramienta que contará con una fiel ayudante : la iglesia.

Estamos hablando de un patriarcado-capitalista, donde la prostitución que ya existía de las más diversas formas para asegurar el placer sexual de los patriarcas, y la monogamia asumen un nuevo carácter. Junto al capitalismo, los cuerpos de las mujeres (y de algunos hombres) comienzan a ser cambiados por moneda, transformándose en mercaderías, categoría específica del sistema capitalista. Este “nuevo” sistema, está siendo un gran caldo de cultivo de la moral homo-lesbofóbica, porque existiendo personas gays o lesbianas, son bellas enemigas y un terrible peligro para el sistema reproductor del sexo centrado en la reproducción y en la moral familiar.

Parece una consecuencia lógica, una ecuación matemática que las relaciones familiares, como microcosmos de la organización económica, hayan convergido para el formato de pareja heterosexual y monogámica, con un papel fundamental en la manutención de la ideología capitalista.

De esta forma, del punto de vista económico, se entiende por capitalismo una relación de dominación de la burguesía sobre el proletariado. Y se entiende por familia hetero-monogámica, una relación entre el hombre y la mujer, en la cual, es él quien trabaja fuera de la casa, y es ella quien hace las tareas del hogar, sin horario determinado. Actualmente, gran parte de las mujeres también trabajan fuera de casa, solo que esa actividad no las exime de las tareas domésticas, por el contrario, duplica su jornada laboral.

Por eso, en 1843, cuando Flora Tristán escribió su importante libro La Unión obrera, ya decía que las mujeres somos las proletarias del proletariado. Lamentablemente, 167 años después, eso sigue tan actual como entonces. Sería interesante preguntarnos por los avances realizados en todos estos años, sería importante hacer una minuciosa evaluación sobre los feminismos y su incidencia en la sociedad.

Continuemos. ¿Que es el casamiento? Un contrato social y económico – ¿de compra y venta? - firmado frente al Estado y/o la Iglesia. Cuando una mujer se casa, pasa de ser propiedad del padre, para el marido. ¿O no es así que sucede en las Iglesias? Sean estas católicas, judías o musulmanas.

Las mujeres entran caminando sobre la alfombra roja del brazo del padre hasta los ahora maridos que aguardan en el altar. Para llegar hasta ese momento sublime ellas/nosotras tienen/tenemos que habernos tragado el cuento romántico del amor para toda la vida, de la persona elegida, de no quedarnos solas, ni solteronas. Del miedo de no ser amadas. El capitalismo, hoy en día está muy bien representado por mega empresarios que no se quedan atrás. Dejan su importante marca con grandes y caros vestidos y elegantísimas fiestas; relacionando lujo con amor. Los ojos de este sistema se parecen a los del Tío Rico, en lugar de iris tiene el signo $.

Cabe preguntarnos cuál es la relación entre amor y Estado. Si no fuese por todas estas cosas de la necesidad de herencia, control y dominio, no habría necesidad de casamiento, de atestiguar amor ante nadie. Cuando se firma un contrato con una empresa, por ejemplo, enseguida se informa cuántas horas serán de trabajo y cuáles los días libres, somos avisadas sobre derechos y obligaciones. En un contrato matrimonial, las mujeres debemos trabajar los 365 días del año, limpiar la casa, mantener el orden, tener hijxs y cuidarlxs, responsabilizarse por su educación. Y como si no fuera suficiente, también nos es exigido un cuerpo maravilloso y estar siempre listas para tener sexo todas las noches que el marido lo desee. ¿Cómo es el nombre de la mujer cazada? Presa, mucama sin sueldo, proletaria del proletariado, eterna esclava.

¿Cuál es el sentido de mantener todo esto intacto hoy? Que el movimiento LGBTT – ahora formalmente con la L al frente[8] – luche por obtener el casamiento, que no hace más que reproducir el sistema y los sueños de consumo concebidos por el sistema, ¿cuál es la función del casamiento entre personas que no tienen bienes? ¿Cuál la de habitar el sueño creado para oprimir? ¿Cuál es la actitud política del movimiento que debería ser de libertación, y no de continuación, para amenizar las opresiones de manera que todo cambie para que todo continúe igual?

Felizmente, existió una criatura muy inteligente, que en 1949, escribió un libro de dos volúmenes importantísimo, que se llamó El segundo sexo. Sí, me refiero a Simone de Beauvoir. Ahí dejó impresa su grande e importante frase: “Nadie nace mujer, llega a serlo”. Ella también fue una importante referencia con su vida, en el plano intelectual, y en la práctica. Junto con su compañero, Jean Paul Sartre, con quien nunca se casaron ni vivieron juntxs; enfrentaron el desafío de construir nuevos y variados amores y núcleos afectivos.

Pocos años después, las FMF - Feministas Materialistas Francesas, del mismo grupo que Simone formaba parte, dirán : “...el punto central del pensamiento, radica en que ni los hombres, ni las mujeres son un grupo natural o biológico, no poseen ninguna esencia especifica ni identidad la cual defender y no se definen por la cultura, la tradición, la ideología, ni por las hormonas, sino, simplemente por una relación social, material concreta e histórica. Esta relación es una relación de clase ligada al sistema de producción al trabajo y a la explotación de una clase sobre otra”[9].

Unos años más tarde, Monique Wittig, también del grupo de las FMF, escribirá un texto: Nadie nace mujer y se hará muy conocida su frase las lesbianas no somos mujeres.

“... pues el lesbianismo ofrece de momento, la única forma social en la cual podemos vivir libremente. Lesbianidad es el único concepto que conozco que está mas allá de las categorías de sexo (mujer y hombre), pues el sujeto designado (lesbiano) no es una mujer, ni económicamente, ni políticamente, ni ideológicamente.”[10].

“Somos prófugas de nuestra clase, de la misma manera en que los esclavos americanos fugitivos lo eran cuando se escapaban de la esclavitud y se liberaban.”.

“Tenemos que comprender que el conflicto de clases no es eterno y que para superarlo, es necesario destruir políticamente, filosóficamente, y simbólicamente las categorías de hombres y de mujeres”.

Ahora con algunas herramientas de análisis en las manos, seria interesante posicionarnos como lesbianas polítikas, y no mujeres homo-afectivas como a algunas personas les gusta llamarnos/se. Es necesario abrir los ojos y ver el potencial revolucionario que tenemos en nosotras, llegó la hora de sacarnos aquellos guantes y tomar la realidad con nuestras propias manos. ¡Basta ya! Vamos a vestirnos con nuestras propias ropas de lesbianas, seres disidentes de este patriarcado capitalista. Es importante tomar una actitud política contraria al casa-miento monogámico y reproductor de las normas heterosexuales. Nos-otras no aceptamos este sistema económico y entendemos que no tiene sentido el casa-miento que refrenda a través de nuestros propios cuerpos este sistema opresor.

Tenemos la sartén por el mango, y el mango también, para decir no a esta monogamia obligatoria que tanto nos oprime, cuya función básica es la reproducción del sistema del capital y de la propiedad privada, también en los cuerpos de las mujeres.

No hay movimiento posible sin la existencia de la utopia, objetivos y sueños. ¡Vamos adelante! El cielo está aquí para que volemos, soñemos y experimentemos la libertad que nos da el hecho de ser anormales- lesbianas polítikas.

Referencias bibliográficas

Beauvoir, Simone de. El segundo sexo, Ed. Gallimard, Paris, 1976.

Engels, Friederich El origen de la familia, la propiedad privada y el Estado. Editorial Progreso, Moscú.

Falquet, Jules e Curiel, Ochy (org)- El patriarcado desnudo, ed. Brecha Lesbica, 2005.

Tristán, Flora La Unión obrera, Ed. Fontanara.

Wittig, Monique. Ninguém nasce mulher in Em rebeldia – da bloga ao livro, Porto Alegre, 2009.


[1] Este texto foi apresentado no SENALE – Seminário Nacional de Lésbicas, acontecido em Porto Velho-RO entre os dias 8 e 11 de maio de 2010; na mesa que leva o mesmo nome.

Agradeço muito as contribuições neste texto da Clarisse Castilhos, minha companheira, a partir de tantas falas e debates que a gente vem construindo nas nossas vidas e ativismos e este texto é um pouco disso.

[2] artivista, lésbica feminista autônoma radikal e atuante no grupo mulheres rebeldes. radicaldesdelaraiz@yahoo.com.br

[3] A palavra indústria é utilizada, nesse caso, como atividade produtiva em geral, não como a concebemos atualmente.

[4] En El patriarcado al desnudo.

[5] Monique Wittig, Ninguém nasce mulher.

[6] Este texto fue presentado en el SENALE – Seminario Nacional de Lesbianas, acontecido en Porto Velho-RO entre los días 8 y 11 de mayo de 2010; en la mesa que lleva el mismo nombre.

Agradezco mucho las contribuciones de Clarisse Castilhos, mi compañera, con quien venimos compartiendo y construyendo tantas charlas y debates sobre y en nuestras vidas y activismos. Este texto es un poco eso.

[7] artivista, lesbiana feminista autónoma radikal y aktuante en el grupo mulheres rebeldes. radicaldesdelaraiz@yahoo.com.br

[8] Movimiento LGBTT - Lesbianas, Gays, Bisexuales, Travestis, Transexuales. En la última conferencia nacional, realizada en Brasilia por este movimiento, la “gran conquista” de las lesbianas, fue que el movimiento reconociera que la L va al frente.

[9] En El patriarcado al desnudo.

[10] Monique Wittig, Ninguém nasce mulher.

miércoles, 26 de mayo de 2010

cine e pipoca!



Olá gente linda. Para esta quinta-feira mudamos o cardápio, em lugar de debater textos como fazemos semanalmente, vamos assistir e debater um puta filme: Abraços partidos, já viu? Um motivo extra para assistir, porque além de comentar e debater, curtiremos o prazer de assistir Almodóvar, em grupo, tudo muito interativo!

A propósito, Pedro Almodóvar, diretor do filme, será que ele é feminista? Pode um homem ser feminista? Mais um ponto para o debate.

Te esperamos nesta nova promoção que faremos uma vez por mês: cine e pipoca!

quinta-feira 18.30 hs na Comunidade Autônoma Utopia e Luta nos altos da escadaria da Borges, no ap. 601.

Porto Alegre – RS – Brasil - Nossamérica

Abraços em luta e rebeldia

martes, 25 de mayo de 2010

¿Es lo Queer un concepto político?


A propósito de la autora del concepto Teoría Queer.

Norma Mogrovejo

En su Conferencia “Teoría queer, 20 años después. Sexualidad y política”, en el marco del I Seminario Internacional sobre Diversidad Sexual e Igualdad Social, llevada a cabo en la Ciudad de México, Teresa de Lauretis, nos guió por el recorrido histórico de la Teoría Queer. En su disertación, Lauretis nos reveló las expectativas que tuvo al elaborar el concepto Teoría Queer en 1990, a propósito de una Conferencia: una manera distinta de pensar lo sexual y la interrelación con otras categorías como raza o etnicidad y los silencios en torno a las relaciones interraciales o interétnicas. Sus esperanzas estaban centradas en la construcción de otro horizonte discursivo, otra manera de pensar lo sexual, así como las apuestas en lo político. Con un tono un tanto triste manifestó que entonces todavía imaginaba las prácticas teóricas y prácticas políticas como compatibles, sin embargo, teniendo en cuenta la evolución actual de la Teoría Queer, ya no está segura y afirmó que el diálogo que esperaba no se produjo.

La crítica que Lauretis hace de la teoría Queer, cobra mayor énfasis en 1994, cuando se retracta, renunciando al término por haberse convertido en un elemento comercial y vacío. [1]

En su análisis, explica que las identidades sexuales no normativas, conocidas como LGTBI han privilegiado la identidad social de género sobre lo sexual. La sexualidad entendida en el sentido freudiano como la co-presencia de pulsiones en conflicto en la psique individual por su carácter obstinado y a menudo destructivo y las dificultades que eso causa tanto en el individuo como en lo social. Es así que lo queer desplazó lo sexual al presentarse como inclusivo, democrático, multicultural y de múltiples especies, al buscar reconocimiento social. Lauretis nos dice, hoy tenemos identidades LGBTIQ pero todavía nos enfrentamos con el hecho de que la cuestión política de las identidades sexuales, especialmente aquellas estigmatizadas como parafilias o trastornos de la identidad se encallan en lo sexual.

Laplanch plantea que el desplazamiento de la cuestión de la identidad sexual a la identidad de género en los discursos actuales, podría ser un signo de represión sexual, la represión de la sexualidad infantil y su sustitución por el género como la categoría más aceptable para los adultos y su auto entendimiento.

Lauretis desafía a los seguidores de la Teoría Queer instándolos a usar el concepto de manera más inclusiva, abarcando los ámbitos de la sexualidad que han sido estigmatizados por los discursos médico y legal bajo la denominación de parafilias, de otro modo, nos dice, el concepto carecería de sentido contestatario.

Con el psicoanálisis, la Teoría Queer podría ampliar su gama de preocupaciones a todas las formas de comportamiento sexual, para entender sus condiciones de posibilidad. No podemos ignorar los aspectos compulsivos, perversos e ingobernables de la sexualidad que nos confrontan en la esfera pública, en la familia y con nosotros mismos. El problema es cómo plantear una sociabilidad queer de vínculos afectivos y al mismo tiempo de impulsos contra sociales; en términos freudianos, la convivencia de Eros y Tanatos, lo positivo y lo negativo, la vida y la muerte.

Lauretis manifiesta que mientras la identidad de género se forma a nivel conciente y pre conciente, la identidad sexual se forma a nivel inconciente. El género es asignado por los padres y los médicos a menudo antes del nacimiento. Social y legalmente se asigna bajo el fundamento de la dicotomía sexual o la percepción que los adultos tienen de la visibilidad del genital externo y sus fantasías concientes e inconcientes. La identidad sexual por su lado, se encarna en el cuerpo físico. La sexualidad es un efecto de la seducción de los adultos a los infantes, a través de los cuidados necesarios que se transmiten como mensajes enigmáticos que están imbuidos de las fantasías sexuales también concientes e inconcientes. Formando, así, el primer núcleo del inconciente del niño/a. Cuando crece, los mensajes permanecen en el aparato psíquico del individuo como excitaciones y placeres del cuerpo y se reactivan en la sexualidad adulta a veces bajo formas vergonzosas o inaceptables. De esto provienen los conflictos morales o neuróticos de la sexualidad.

Tanto la institución social sexo/género como el concepto psicoanalítico del complejo de castración, tienen el efecto de reprimir la sexualidad (que fue el descubrimiento de Freud) perversa y polimorfa, que es oral, anal, paragenital, no reproductiva, que precede a la percepción de sexo y las preferencias de género, y es incontenible, porque es inconciente, fuera del ámbito del yo y sin embargo capaz de ser reactivada. Lo sexual, excluido por el vínculo social, se mantiene dentro de lo social como un exceso indomable e incontenible, una fuerza de conflicto, desligamiento y desagregación, éste es su lado negativo.

El malestar de la civilización tal como lo veía Freud, consiste en una paradoja fundamental, las instituciones de la sociedad civil, la familia, la educación secular y la religión tienen el propósito de frenar o contener lo sexual y canalizarlo hacia el vínculo social y el bien común. La negatividad inherente en esta visión de la sociedad humana está en conflicto con la política de las identidades, de hecho con cualquier política, si entendemos por política una acción destinada a conseguir objetivos de bien común.

El conflicto entre sexualidad y política, nos dice Lauretis, es el núcleo de lo que he llamado los equívocos del género, la confusión entre género y sexualidad, creo que este mismo conflicto permea el debate actual sobre la política antisocial de la Teoría Queer. Concepto asociado al polémico libro de Lee Edelman “No futuro”, en el que asocian la Teoría Queer a la pulsión de muerte. Edelman propone la Teoría Queer como una postura ética en contra del futurismo reproductivo de la sociedad actual, sobre todo los homosexuales que no se reproducen, representados en la cultura como narcisistas, antisociales y portadores de muerte. No futuro, insta a las personas queer a rechazar el orden social heteronormado en el que la violencia y el asesinato se llevan a cabo en nombre de ese orden y de forma desafiante insta a abrazar una identificació n con la pulsión de muerte como figura del desmontaje de la identidad individual y de este orden social de si misma. Para Edelman lo Queer, nombra la negatividad de la pulsión, lo antisocial que está en la sexualidad.

La política no es negativa, afirma Lauretis, sino positiva en su esencia y más aún cuando es de oposición. La confrontación política o el antagonismo es cualquier cosa menos antisocial, es constitutiva de la sociedad democrática. Lo que si es, antisocial o contra social es la sexualidad de principio de placer y sobre todo la pulsión de muerte. Es así que Laurertis retoma la pregunta de Habersman: ¿puede uno identificar una trayectoria política en un proyecto radicalmente no teleológico? Una pregunta que nos replantea el futuro de la Teoría Queer. ¿Tiene futuro la Teoría Queer?

Tanto escéptica como diplomática, Lauretis afirma que en la medida en que es teoría, es decir una visión conceptual, una visión crítica o especulativa del lugar de la sexualidad en lo social, la Teoría Queer no es un mapa o una programa de acción política, lo cual no quiere decir que una política queer no teleológica no pueda existir, sino que se necesita un tipo de traducción de una a otra desde la acepción de la teoría o la filosofía a la acción concreta de la política. Ella afirmó no tener tal traducción, sin embargo sugirió que la teoría marxista tuvo un excelente traductor en Gamsci que concretizó adecuadamente conceptos como modo de producción para una coyuntura determinada. Así, abrió si no la puerta, tal vez una ventanita a quién se atreviera a traducir de manera política, una teoría que todavía sigue en niveles de especulación.

Ante tal panorama, me pregunto, ¿son las lesbianas parte constitutiva de lo queer? ¿Tendremos que preocuparnos también por integrar esas expresiones laberínticas de lo sexual para dar un sentido contestatario a nuestra lucha?

Encuentro la respuesta en su maravilloso texto: “Sujetos excéntricos: la teoría feminista y la conciencia histórica”, y en una amable conversación, donde al igual que otras autoras, afirma:

"lesbiana" no alude a una mujer individual con una "preferencia sexual" particular o un sujeto social con una prioridad simplemente "política", sino un sujeto excéntrico, constituido en un proceso de lucha y de interpretació n, de reescritura del propio yo, en relación a una nueva comprensión de la comunidad, de la historia y de la cultura. Es decir, un concepto teórico y al mismo tiempo, una postura eminentemente política, un posicionamiento frente al patriarcado, la heterosexualidad obligatoria, el racismo, el clasismo y el neoliberalismo.


[1] Ceballos, Alfonso. “Teoría rarita” pg.170, en Córdova, David; Sáez Javier y Vidarte, Paco; Teoría queer. Políticas bolleras, maricas, trans, mestizas. Barcelona, Egales 2005.

viernes, 21 de mayo de 2010

Manifesto Queers Insurrecional!



Queer é um termo reclamado. Seu uso contemporâneo é para descrever gêneros e sexualidades que não se conformam com a sociedade heteronormativa.

Queer começou a ser usado como um insulto às pessoas de gênero e sexualidade diferente (seu significado em inglês é “incomum”), mas rapidamente se converteu num termo para expressar nossas identidades. A maioria das pessoas entendem queer como sinônimo de GLBT.
Este entendimento falha em analisar nossa experiência como pessoas queer. Para nós, queer não é uma área estabelecida, queer não é uma identidade que faz parte de uma lista de categorias sociais corretas e aceitas. Queer é uma identidade definida contra a dominação hetero-monogâmica-patriarcal-branca e também uma identidade que se aproxima com aquelas pessoas que estão marginalizadas e oprimidas. Queer representa nossas sexualidades e gêneros, mas também muito mais. Queer é a resistência ao regime no "normal".

Como queers nós entendemos a normalidade. A normalidade é a tirania da nossa condição. A normalidade é violentamente imposta a cada dia, a cada hora sobre nós. A normalidade é a miséria e a opressão. A normalidade é o Estado, é o capitalismo. É o colonialismo e o império. É a brutalidade. É violação. A normalidade é cada forma em que limitamos nossa identidade ou aprendemos a odiar nossos corpos.

Nós falamos de guerra social. Nós falamos disto já que uma pura análise das classes sociais não nos bastam. Que significa uma análise marxista da economia mundial a um sobrevivente de um espancamento? Aos trabalhadore/as sexuais? A um sem teto ou a jovens fugidos de suas casas?
Como pode uma simples análise de classe ser a base de uma revolução, que promete libertar a aquele/as de nós que estamos experimentando e viajando mais além dos gêneros e sexualidade que nos são atribuídos? O proletariado como um sujeito revolucionário marginaliza a quem suas vidas não encaixam no modelo dx trabalhadorx heterossexual.

Lênin, Marx e Proudhon nunca jogaram [viveram] como nós.

Nós queremos converter a dominação em ruínas. Esta luta que inabita cada revolução social é o que conhecemos como guerra social. É o processo e a condição do conflito com a normalidade.

Neste discurso queer, estamos falando da luta contra a normalidade.
Para nós queer significa guerra social. E quando falamos de queer como um conflito contra toda a dominação, o falamos seriamente.

O normal, o heterossexual, a família comum, estes exemplos sempre foram construídos em oposição a nós. Heterossexual não é queer. Saudável não tem HIV. Homem não é mulher. Os discursos da heterossexualidade, o patriarcado, o capitalismo se reproduzem a si mesmos como um modelo de poder. Para o resto de nós só há morte.

Nas ruas um "marica" é espancado porque sua representação de gênero é muito feminina. A um pobre homem transexual que não consegue o dinheiro para seus hormônios salva vidas. Trabalhadore/as sexuais são assassinados por seus clientes. Um genderqueer é violada porque necessitava "ter sexo heterossexual". Mulheres lésbicas são encarceradas por defender-se contra homens heterossexuais que as agridem. A polícia nos brutaliza nas ruas.

Queers experimentamos, diretamente com nossos corpos a violência e a dominação deste mundo. Temos nossos corpos e desejos roubados de nós.

A perspectiva queer dentro do mundo heteronormativo é a que nos permite criticar e atacar o aparato capitalista. Nós podemos analisar as formas em que a medicina, a igreja, o Estado, o matrimônio, os meios de comunicação, as fronteiras, o exército e a polícia são usados para nos controlar e destruir. E ainda mais importante, podemos usar estes casos para articular um criticismo coeso de todas as formas em que somos alienado/as e dominado/as.

A posição queer é uma posição onde se ataca o normal. E é desde esta posição que a história dxs queers organizadxs tem tomado sua forma. Xs mais marginalizadxs - pessoas trans, pessoas de cor, trabalhadorxs sexuais - sempre tem sido a base das chamas da resistência militante queer. Esta resistência tem sido acompanhada pela análise radical que afirma que a liberação queer está amarrada com a aniquilação do Estado e do capitalismo.

Se a história prova algo, é que o capitalismo tem uma tendência de pacificar os movimentos sociais. Isto, trabalha simplesmente. Um grupo ganha privilégio e poder dentro do movimento e pouco depois, traem sexs companheirxs. Alguns anos depois dos distúrbios de Stonewall, homens gays brancos e de classe média marginalizaram toda a gente que havia feito seu movimento possível e abandonaram a revolução.

Antes, se queer era estar em conflito direto com as forças de dominação. Agora nos tocou nos enfrentarmos ao estancamento total e a esterilidade. Como sempre, o capital transformou trans que atiravam pedras nas ruas em políticos e ativistas bem vestidos. Há gays republicanos e democráticos.
Há países onde até há bebidas energéticas "gay" e canais de televisão "queer" que fazem a guerra mental, com o corpo e a autoestima da juventude. O estabelecimento político "LGBT" converteu-se numa força de assimilação, gentrificação e do poder estatal e capital. A identidade gay se converteu em um produto, uma comodidade e um aparato que funciona para retirar-se da luta contra toda a dominação.

Agora já não criticam nem o matrimônio, nem o exército, nem o capitalismo, nem ao Estado. Há campanhas para a assimilação queer dentro de cada uma. Suas políticas apóiam todas as instituições que reinformam a heteronomatividade, em vez de buscar a aniquilação daquelas. "Gays podem matar pessoas pobres da mesma forma que pessoas heterossexuais!" Gays podem ter reinos de capital e poder igual as pessoas heterossexuais!" "Somos iguais a vocês!"

Assimilacionistas buscam nada menos que construir o homossexual como o normal - rico, monogâmico, carros luxuosos, residências privadas. Esta construção, claramente reproduz a estabilidade da heterossexualidade, o patriarcado, o binário de gênero, o capitalismo.

Se nós realmente queremos destruir esta normalidade, necessitamos tomar uma posição firme. Não necessitamos da inclusão ao matrimônio, nem do exército, nem do Estado. Temos que destruí-los. Não mais político/as, nem chefes, nem policiais gays. Necessitamos separar as políticas de assimilação e as políticas de libertação.

Necessitamos reencontrar nossa sucessão como queer anarquistas descontrolado/as. Necessitamos destruir estas construções da normalidade, e ao invés, criar posições baseadas em nossa contrariedade a esta normalidade, uma alternativa capaz de desmantelá-la. Necessitamos usar esta posição para instigar rupturas, não só destas políticas de assimilação, mas do capitalismo em si mesmo.

Nossos corpos nasceram em conflito com a ordem social, temos que aprofundar este conflito e fazer com que se espalhe.

Devemos criar um espaço onde é possível desejar. Este espaço, obviamente, requer conflito com a ordem social. Para desejar, em uma sociedade estruturada para confinar o desejo, é uma tensão que vivemos diariamente.

Este terreno, que nasce na ruptura, deve desafiar a opressão em sua integridade. Isto significa a negação total ao mundo. Devemos nos voltar os corpos em rebeldia. Nós podemos apreender a fortaleza de nosso/as corpos em rebeldia para criar o espaço para nosso/as desejos. No desejo encontraremos o poder para destruir o que nos destrói. Temos que estar em conflito com o regime do normal.

Este artigo é uma tradução do panfleto "Towards the queerest insurrection”
e o link está em:

http://zinelibrary.info/files/Queerest%20Final_0.pdf

Páginas que relatam a insurreição queer mundial:

http://bashbacknews.wordpress.com/

http://www.blackandpink.org/

http://www.qzap.org/

http://www.lespantheresroses.org/

agência de notícias anarquistas-ana

vermelho relâmpago
irrompe do capim seco:
a cobra coral.

Anibal Beça