sábado, 30 de enero de 2010

discriminalizemos o aborto

discriminalizem o aborto e assim acalmarão a ira de deus.

caso ele exista.

jueves, 28 de enero de 2010

FSM - nossa participação





Nesta terça feira, dia 27 de janeiro, um grupo de pessoas que estavam no Acampamento Intercontinental da Juventude, em Novo Hamburgo, resolveram praticar a desobediência civil e em um ato simbólico, um grupo de quase 100 pessoas resolveu não pagar a passagem do Tremsurb. Logo após a entrada no Trem em direção a Porto Alegre a Brigada Militar foi acionada. A situação estava tranquila, todos já estavam nos vagões esperando a partida. De maneira truculenta e descabida, a BM praticou o que todos ja sabem mas que a sociedade insiste em negar, a sua seletividade racista, homofóbia e preconceituosa. Entre todos os presentes no vagão, um companheiro Anarcopunk do Coletivo Mentes Plurais foi brutalmente retirado do vagão. Arrastado pelos cabelos e pelo pescoço os policias o retiraram do trem e tentaram prende-lo. Graças a ação do pessoal que estava no trem os Brigadianos acabaram o liberando.
O discurso da Brigada foi que três pessoas não haviam pago a passagem, sendo que ninguém havia pago, e de maneira rápida e "mágica" a polícia descobriu quem foi que não pagou a passagem.
Repudiamos essa ação da Brigada contra o companheiro e reforçamos a necessidade de uma redução das tarifas do transporte público e do passe livre para estudantes e desempregadas.
Ah, e em Porto Alegre o circo já se arma para mais um aumento de passagens.
Confira abaixo o depoimento do companheiro agredido.

sábado, 23 de enero de 2010

participação autônoma no contexto do FSM




Nossa participação autônoma no contexto do Fórum Social Mundial

A gente discorda totalmente dos rumos que o FSM tomou desde o III Encontro.
Hoje é um espaço institucional, pleno de financiadores que o Fórum diz combater, com a participação de inúmeros palestrantes oficiais.
Ainda assim, mobiliza muita gente, pessoas que querem de fato transformar a sociedade, pessoas descontentes com o que vem acontecendo e se agravando a cada ano que passa. Conscientes de que a miséria e a destruição ambiental são alimentadas pelo agronegócio, pela indústria de medicamentos e pela mineração; de que as guerras, a criminalidade e o fundamentalismo religioso, são promovidos pela indústria armamentista e pela especulação imobiliária; que o retrocesso nas liberdades dos corpos e das mentes são formas do capital e das igrejas manterem o controle social.

Por isso tentamos estar presentes em todos os espaços possíveis e vamos aproveitar a mobilização do FSM para dialogar com a sociedade a partir de um espaço autônomo.
Para isso construímos uma agenda mínima e convidamos a todxs doidxs, inconformadxs e sonhadorxs a participar junto:

Segunda- feira, dia 25-
Marcha de abertura do FSM.
Junto com outras agrupações, participaremos autonomamente da marcha de abertura falando e questionando através dos nossos cartazes e pirulitos. Nos concentraremos as 14:30 hs na sede do Utopia e Luta;


Terça-feira dia 26, 10:00 hs estaremos assistindo e apoiando o debate proposto por nossas amigas e companheiras do MST, dentro do acampamento juventude, sobre “alimentos” transgênicos;
- 15:00 hs vamos promover uma oficina sobre estupro. Lembramos que nos FSM, sistematicamente, mulheres são estupradas e violentadas nos acampamentos da juventude.


Quarta-feira, dia 27, nesse mesmo espaço, estaremos fazendo mais uma oficina sobre aborto.

Nosso espaço autônomo, onde se darão as oficinas, será do lado de fora do acampamento da juventude, na frente da entrada.

Grupos articulados:
mulheres rebeldes, Resistência Popular, Utopia e Luta, Mentes Plurais, Coletivo de Mulheres da UFRGS, Corpos em Revolta, Ação anti sexista, e muitxs independentes.
Esta é uma articulação constituída a partir do Encontro Autônomo entre Feministas. O espaço é puxado por mulheres, mas conta com a participação de
todos os sexos.


Nem tortura, nem estupro as mulheres.


Nem golpe de estado, nem golpe as mulheres.
Feministas em resistência – Honduras


Exigimos a descriminalização do aborto!

Tortura nunca mais!!!
Abertura dos arquivos já!
um país sem memória, é uma sociedade que repete erros.



Os “alimentos transgênicos” estupram as sementes orgânicas. Até a morte.

miércoles, 20 de enero de 2010

Defesa pessoal


Agradecemos muito as companheiras colombianas de Agitación Feminista.
Este trabalho foi publicado por elas na sua revista,
Version 2, MUJERES Habitando-NOS.
agitacionfeminista@yahoo.es

subimos a imagem em alta resolução para poder se imprimir.

Boa luta, companheiras! E lembremos que ninguém pode conosco, sempre que nós assim o acreditemos.

viernes, 15 de enero de 2010

Tortura nunca mais!




DIGA NÃO À ANISTIA PARA OS TORTURADORES, SEQUESTRADORES E ASSASSINOS DOS OPOSITORES À DITADURA MILITAR.

Para assinar clique aqui.
http://www.ajd.org.br/contraanistia_port.php


jueves, 14 de enero de 2010

As Costela de Adão se reúnem!


para ver + fotos : http://www.flickr.com/photos/mulheresrebeldes/

Histórico! As Costela de Adão se reúnem!


Há mais de 2 décadas que as participantes do antigo grupo feminista gaúcho, Costela de Adão, não se encontravam.

Ao longo dos anos que o grupo existiu, foram muitas as participantes, e elas estão entre as que acompanharam mais tempo as atividades do grupo.


Na sexta-feira passada, entre vinho e comidinhas, rolaram altos papos sobre a turma: como começaram, anedotas e detalhes que iam lembrando (não faltaram os “e de fulana, sabes alguma coisa?”), várias comparações com a atualidade e também alguns debates sobre as diferenças entre aquela época e hoje. Por isso, achamos sumamente interessante a “coincidência” que o suplemento de mulheres Las 12, pertencente ao jornal argentino Página 12, traga, logo agora, uma matéria sobre UFA – Unión Feminista Argentina. http://mulheresrebeldes.blogspot.com/2010/01/grupo-feminista-anos-70.html

É interessante ver, ler saber, como foram, como funcionavam – e funcionam – outros grupos.



martes, 12 de enero de 2010

grupo feminista anos 70




publicado en Página/12 -

CUANDO LAS MUJERES DIJERON UFA


Hace 40 años – cuando aún no existía la ley de divorcio, la patriapotestad la ejercía el padre y la palabra aborto apenas se susurraba – un grupo heterogéneo de mujeres fundó la Unión Feminista Argentina, a la que se sumó prontamente la entonces adolescente Hilda Rais, quien participó en múltiples actividades dentro del naciente movimiento, y paralelamente desarrolló una carrera literaria escribiendo varios libros colectivos, dictando originales talleres y, sobre todo,produciendo tres volúmenes de acrisolada, admirable poesía.



Por Moira Soto


A la legua se le nota que preferiría no hacerlo. Que la idea de ser entrevistada para una nota periodística la descompagina un poco, como si la inquietara no estar a la altura de la situación... “Te aviso que no sé hablar sobre mi poesía”, le había dicho al pasar a la cronista en la amable función de estreno de Ensayo y serenata, su último libro presentado en NoAvestruz, entre amigas y amigos de verdad, con arrebatada introducción de Angélica Gorodischer, algunos poemas de ahora y de antes interpretados estupendamente por María Inés Aldaburu.

Hilda Rais, la mujer que se demora en llegar a la entrevista, aparece con un vinito bajo el poncho – un decir que se contradice con el calor reinante –, sin duda para darse ánimos y avenirse a la conversación que la tendrá de protagonista. De merecidísima protagonista, tanto por su condición de feminista de la primera hora (de continuada militancia en el tiempo) como por su alta calidad de poeta. Hilda Rais tuvo casi adolescente su despertar feminista, en 1970,cuando se integró a las filas de la UFA, donde actuó entre 1970 y1976; también participó del grupo Política Sexual (1973-1974) y en los‘80 formó parte del Frente de Lucha por la Mujer, fue miembro de la Comisión pro Reforma de la Ley de Patria Potestad y socia fundadora de Lugar de Mujer.

(...)

En este último texto, bajo el insinuante seudónimo de Calderita Barcarola, se permite un poema humorístico sobre el aborto en que, luego de establecer una serie de disparidades culinarias (“escama no es pescado...”), cierra así:

“El semen no es un enano,
el óvulo no es doncella,
cigoto no es vida bella,
embrión no es ser humano”.




“A través de una amiga conocí a Leonor Calvera, supe que se había constituido la UFA, fundada por María Luisa Bemberg y Gabriela Cristeller”, empieza a confiarse Hilda Rais. “Empecé a averiguar dequé se trataba y fui a una reunión en diciembre del ‘70. Gabriela había formado previamente un grupo de reflexión sobre la sexualidad – para parejas heterosexuales, obviamente–. En realidad, era una condesa italiana que había tomado contacto con el feminismo en su país. María Luisa lo había hecho a través del feminismo norteamericano.”

Es decir, que arrancamos con un feminismo de alto copete...

– Creo que debe ser éste el único país del mundo donde las fundadoras de una organización feminista tienen ese origen... UFA disponía de un local muy grande gracias a la familia de la condesa. Así fue que entré en un grupo de concientización y de pronto me encontré sentada entre desconocidas que debían contar cosas personales, de la vida privada.
Fue un shock. Se proponía un tema y todas empezaban con la misma frase: “Bueno lo mío es muy particular”. Y luego de escucharnos entre nosotras, encontrábamos los puntos en común, algo muy impactante.
Para mí, la experiencia de estos grupos fue realmente importante. Comprendí en carne propia aquello de que lo personal es político. Siempre había una coordinadora que marcaba el tiempo, no te podías exceder. Tenías que aprender a escuchar a las demás, que no eran tus mejores amigas: eran otras mujeres. Y después, no te quedaba otra que salir de la conmoción, porque era imposible no involucrarse emocionalmente. Salir para poder pensar, sacar conclusiones, anotarlas...

¿Cómo se elegían los temas a tratar?

Había un temario que creo que había traído María Luisa de las norteamericanas: relación con la madre, con el padre, con los hijos, con el dinero, con el jefe en el trabajo, la primera menstruación... Con el tiempo se fueron agregando otras cuestiones de nuestra propia vida cotidiana. La función de coordinar era rotativa y había que entrenarse, aunque era la parte que menos nos gustaba. Estos grupos te servían mucho para la vida y la comunicación entre mujeres, te sentías con una responsabilidad respecto de las demás.

¿Leían materiales teóricos sobre feminismo?

–Teníamos poquísimo material al alcance. Algunos libros que habían traído de afuera Gabriela, María Luisa. Algunos textos muy fuertes como Carla Lonzi: Escupamos sobre Hegel, Rivolte Femminile. También Betty Friedan. Hacíamos fotocopias de muchos artículos.

¿Cuándo y por qué se produce la escisión?

Esa UFA duró hasta el ‘73. Primero dejamos de tener el lugar de encuentro. Entonces, las reuniones se hacían en distintas casas, hasta que se produjo la ruptura. En esos primeros años, éramos la mayoría mujeres de clase media, casi no había universitarias o profesionales. Empezaron a ingresar militantes de izquierda con otras problemáticas –c apitalismo, lucha de clases – que agitaron el ambiente, aunque no explícitamente. También aparecieron pequeñas miserias: si bien se podían comentar y comunicar las conclusiones, las historias personales no podían salir del grupo. En algunos casos, ese secreto se vulneraba, circulaba el chisme. El lesbianismo no se verbalizaba. Las lesbianas decían, decíamos: “Bueno, cuando me enamoré de una persona...”.
Hay que reconocer que estábamos en otra época y vivíamos con el temor de espantar a la gente, de que se malinterpretaran nuestras propuestas. El rótulo de feminismo igual lesbianismo tenía un peso negativo tremendo en ese entonces. Cada una se animaba a lo que podía. En fin, el estallido se produjo por una serie de razones. Se discutió mucho sobre si sólo debían tratarse temas específicos de la mujer, o si se ampliaba el compromiso y se consideraba todo lo que pasaba en materia política en nuestro país, en América latina. Renunciaron Leonor Calvera, Alicia D’Amico... María Luisa Bemberg ya se había ido para dedicarse al cine. Gabriela Cristeller tampoco estaba. Quedamos Mabel Maio, Marta Míguelez, Sara Torres, Inés Hercovich, María Mellino... Decidimos sentarnos a reflexionar, a estudiar, y luego irnos abriendo.
La actividad pública que hacíamos era, por ejemplo, volantear para el Día de la Madre por calles y plazas.

¿Qué decían en esos volantes? ¿Entraban ustedes en contacto con la gente?

–Había algunos con unos dibujos muy graciosos que aludían a las múltiples tareas de la mujer en la casa, con los niños, los electrodomésticos. El lema era: Madre, reina o esclava, nunca una persona. E
n el ‘74, cuando López Rega mediante salió el decreto de prohibición de anticonceptivos, nos lanzamos no sólo a volantear, también a estar en la calle Florida hablando con la gente sobre el tema. En el ‘75, en el Año de Igualdad, Desarrollo y Paz, se armó una coordinadora para organizar los eventos, con mujeres de los partidos políticos, feministas. Ya existía el MLF (Movimiento de Liberación Feminista), creado por María Elena Oddone. María Luisa Bemberg se había hecho bastante conocida por el guión de Crónica de una señora, de 1971, y en 1975 hizo el de Triángulo de cuatro, las dos películas protagonizadas por Graciela Borges. Entonces, cuando había que ir a un medio y se necesita a alguien presentable, que supiera expresarse, ¿quién cumplía estos requisitos? María Luisa, claro, que resultaba inatacable, la trataban con mucho respeto. En cambio, María Elena era muy guerrera, muy agresiva con los entrevistadores.

¿Por qué dos agrupaciones siendo tan pocas todavía?

–Eso nos preguntábamos en la segunda etapa de UFA. Nos juntamos, tuvimos una larguísima charla. Quedó claro que María Elena quería ser la directora, la presidenta, la líder. Ella era verticalista, mientras que nosotras estábamos en la horizontalidad, sin jerarquías. Algunas del MLF se vinieron a UFA, empezamos a trabajar con los chicos del FLH (Frente de Liberación Homosexual) que había arrancado poco antes. Nos conectamos porque ellos estudiaban el feminismo y formamos el grupo Política Sexual, inspirándonos en Kate Millett. Ahí estaba Néstor Perlongher, de formación marxista, de una lucidez enorme. Entonces nos juntamos los chicos del FLH, que eran muy jóvenes, y algunas feministas de UFA, María Elena y un varón hétero español, demógrafo.

¿Qué representó para vos el hallazgo del feminismo?

–Descubrir cómo mirar el mundo, la vida en general, mi vida en particular, de otra manera. Se me abrió la cabeza. Yo no tenía el registro de que hubiera una injusticia tan grande en relación con las mujeres. Se me iluminó todo de golpe. Fue tan fuerte que me pasé de rosca, me fanaticé. A donde iba, una fiesta, una reunión, bajaba línea. Veía la opresión de las mujeres no sólo en la vida, también en el cine, en la literatura. Yo había militado en la izquierda desde los 15 y de pronto, me encontraba con que nos atacaba la izquierda porque nos consideraba pequeño burguesas, mientras que la derecha nos tomaba por subversivas terroristas: las notas que salían en El Caudillo eran terribles.

¿En esos primeros años todavía no proponen abiertamente cambios en las leyes?

–Por supuesto que había una serie de cosas que considerábamos que era necesario modificar, pero no las hacíamos públicas. Nuestro programa incluía el aborto legal y gratuito, el divorcio, la patria potestad indistinta... En esa primera etapa no nos vinculamos con ningún partido político que pudiera tomar esas banderas y defenderlas.

Contame, por favor, la insólita historia del teatro feminista con Ure.

–A mediados de los ‘70, Marta Míguelez, que se estaba formando como directora teatral, quiso estudiar con Alberto Ure. Ella había estado leyendo a Paulo Freire y pensó que se podía hacer teatro feminista sobre la base del teatro del oprimido. Ure le respondió algo así como “¿Tenés feministas? Entonces hagamos una cosa: traémelas y trabajamos mientras vos aprendés dirección”. Y ahí fuimos un montón alegremente a laburar con Ure, a desangrarnos bastante. Ure era de una curiosidad, de una pasión increíbles. Nos provocaba continuamente situaciones de violencia, a nosotras que veníamos con el discurso de que las mujeres no somos agresivas, mucho menos las feministas que tenemos ideales, creemos en el respeto, la horizontalidad. Ure nos largaba: “Bueno, ¿así que les interesa el tema del aborto?”. Y a continuación armaba una escena, nos mandaba: “Vos estás para abortar y tenés que peleartecon el médico. Vos sos el médico. Vos sos el policía...” Nos obligabaa sacar una violencia que creíamos no tener representando distintos personajes. Estuvimos varios meses trabajando con él, fue muy revulsivo. La mayoría no pudo soportarlo, quizás porque no éramos actrices profesionales. No estábamos preparadas para ese baile, teníamos la ilusión de hacer un teatro feminista claro, didáctico, eficaz... Y él nos metió en zonas oscuras, perturbadoras. Dejamos a Ure y seguimos por nuestra cuenta.

Se acercaba la fecha fatídica del golpe...

–Sí, en UFA ya había mujeres que venían del PST, del trotskismo, con mucho compromiso político. Entonces, ocurrió el golpe. Poco tiempo después, cuando aún nos seguíamos reuniendo, nos llegó a través de María Luisa Bemberg que se había enterado a través de sus contactos de que los milicos nos habían catalogado como un grupo de ultraizquierda. En ese momento, una probable condena a muerte. Ya habían empezado las desapariciones, sabíamos de gente que pasaba a la clandestinidad. En consecuencia, disolvimos UFA de común acuerdo, quedamos como feministas sueltas que nos juntábamos cada tanto, leíamos. En esas reuniones estuvo un poco el origen del Diario colectivo, que se publicó más tarde. Lo escribimos entre el ‘80 y el ‘82, a partir de la idea de Inés Cano que tenía el libro de Shulamith Firestone.

Durante esta primera década, ¿ustedes percibían que eran agentes de cambio, que las ideas feministas se iban expandiendo?

–Veíamos que se empezaban a producir algunos cambios. Por ejemplo, en algunos diarios y revistas que reflejaban las movidas y los logros del movimiento feminista, siempre considerando que acá estaba todo muy verde. En los tempranos ‘70, fuimos con María Luisa Bemberg a una entrevista para la revista del diario Clarín, que nunca se publicó. Imaginate: María Luisa tenía cuatro hijas, y en el reportaje se le ocurrió contar que cuando había quedado embarazada por quinta vez, “sentí que tenía un cáncer en el útero y aborté”... Años más tarde, cuando escribíamos Diario colectivo, recurrimos al asesoramiento legal para asegurarnos de que uno de los textos, una experiencia de aborto, que es la mía, no constituía apología del delito. De todos modos, creo que algo se empezó a abrir en el ‘79, nosotras retomamos las actividades públicas, comenzamos la campaña de la patria potestad, que era el tema menos irritativo. En el ‘79 apareció el CEM, Centro de Estudios de la Mujer. Un día llegó Inés Cano a una reunión toda alborotada: “¡No saben lo que pasó! Estuve en una jornada de psicólogas que trataron el tema de la mujer”. “¿Psicólogas?”, dijimos casi a coro. Es que casi las considerábamos en la vereda de enfrente. Inés prosiguió: “Y adivinen quién estaba: Eva Giberti”. “¿Y cómo está?”, quisimos saber. “Muy bien, tiene un pensamiento claramente feminista”.

La campaña por la patria potestad indistinta fue realmente efectiva.

–Ahí se pronunciaron muchas celebridades, actrices, actores, animadores. Todo comenzó con el caso de una madre soltera de Mendoza, una mujer a la que echaron del Poder Judicial por estar embarazada sin haberse casado. Ahí empezamos a hacer ruido, con el respaldo de gente famosa. Ya llegaban de afuera algunas películas de inspiración feminista, como Lo mejor de Juan, que devorábamos ansiosamente.
Comenzaron los encuentros feministas en Latinoamérica. Cuando abrió Lugar de Mujer en el ‘83, estaban volviendo muchas mujeres políticas que se habían hecho feministas en el exilio.

Lugar de Mujer es otro hito fundamental para el feminismo local.

–Empezamos a trabajar durante el ‘83 con la idea de abrir una casa, tratábamos de ver la forma de financiar el proyecto, invitamos a otras mujeres para cambiar ideas. Calculamos: si cada una pone 100 dólares – de aquel entonces – podemos alquilar un departamento barato y realizar todas algún trabajo gratuito en esta casa abierta, que se podía autoabastecer con las cuotas de las socias. Y lo hicimos. De pronto, en una reunión caían veinte mujeres que no sabían nada de feminismo, muy interesadas en participar. Las psicólogas, las abogadas comenzarona acercarse al feminismo. Eran tiempos de esperanza por la recuperación de la democracia. Hubo una confluencia entre las que nosh abíamos mantenido unidas, trabajando un poco en secreto, y muchas otras mujeres que estaban dispuestas a participar, sumadas a las que volvían del exilio. Lo conseguimos. Desarrollamos una actividad que ahora me sorprende a mí misma. Armamos un colectivo organizado. Había atención legal, talleres de autoayuda, un espacio de arte, un barcito en el fondo, se debatía mucho. En Buenos Aires, fue el primer sitio donde funcionaron grupos de autoayuda para mujeres golpeadas.
Tiempo después, claro, empezaron las financiaciones, los proyectos esponsoreados, la cosa del quiosquito... Dejó de ser el lugar de resistencia, de creatividad, de trabajo desinteresado. Pero ciertamente en Lugar de Mujer surgieron los primeros grupos de lesbianas, ATEM tenía su espacio...

En los ’80 se concentran en las reformas legales.

–Mirá, el primer día de democracia, cuando se abrió la Cámara de Diputados, los primeros proyectos que entraron allí fueron los presentados por las abogadas de Lugar de Mujer: Patria Potestad Indistinta e Igualdad de los Hijos ante la Ley (matrimoniales y extramatrimoniales). Ahora te sigo respondiendo a una pregunta tuya anterior: al producirse esta apertura con Lugar, al multiplicarse las feministas, al sumarse tantas mujeres, nos dimos cuenta de que lo que había hecho en los ‘70 había cumplido una función corrosiva: ir infiltrando el ideario feminista. Creo que las feministas de los ‘70 fuimos responsables de bastantes cambios culturales: por ejemplo, que a partir de los ‘80 muchos varones empezaran a pensar que ser machista, proclamarse machista, era malo. En los `70 era impensable una legisladora que se manifestara feminista. Yo me siento contenta y orgullosa. Por supuesto que en los ‘80, a partir del regreso de la democracia, hubo muchas expresiones periodísticas con distintos grados de inspiración feminista, desde el suplemento de Tiempo Argentino y el periódico Alfonsina a las revistas femeninas como Claudia, el programade radio Ciudadanas a alguna producción televisiva.

viernes, 8 de enero de 2010

Elaopa




Elaopa - Encontro Latino Americano de Organizações Populares Autônomas.




Em 2010 acontecerá no Uruguai. 13, 14 e 15 de fevereiro em Montevideo


Estamos nos organizando para participar das discussões do GT sobre gênero.




Em 16.01.09 ocorrerá o Pré-Elaopa, no Simpa (em frente ao Largo Zumbi dos Palmares)




aberto a todxs xs interessadxs





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